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O Well-Being é o perfect fit entre as Pessoas e a Empresa

Daniela Lima, Managing Partner da SWAIFOR, Docente universitária e Coordenadora do Grupo de Well-Being da APG

9 AGOSTO, 2023

Só as empresas mais audazes, que investem em políticas de Recursos Humanos e práticas de Well-Being sustentáveis vão atrair e reter os melhores.

Vivemos tempos desafiantes, que exigem uma abordagem holística na análise da relação que se estabelece entre as Pessoas e as Empresas. Esta relação por vezes pode ser complexa e acarretar um conjunto de desafios de parte a parte, mas impõe a introdução de uma visão disruptiva da realidade. As estatísticas, tanto nacionais como internacionais, demonstram que as Pessoas estão a adoecer, são vítimas do excesso de stress que conduz inevitavelmente a estados de ansiedade, à depressão, ao síndrome de Burnout e à doença mental. Então, é legitimo que as Pessoas não queiram adoecer a trabalhar. Porquê? Porque estão conscientes do impacto no seu bem-estar individual, na sua vida pessoal e organizacional, e não vão arriscar!

Só as empresas mais audazes, que investem em políticas de Recursos Humanos e práticas de Well-Being sustentáveis vão atrair e reter os melhores. Porquê? Porque já perceberam que é uma vantagem estratégica para o negócio, se investirem numa Cultura Sustentável de Well-Being Organizacional (Bem-Estar Organizacional). O Well-Being Organizacional é o resultado entre a articulação do propósito individual com o propósito organizacional, é o perfect fit entre as Pessoas e a Empresa. Esta postura irá romper com o status quo, e concomitantemente, vai impor uma mudança de mind-set a todos os intervenientes nestes processos para uma melhor compreensão do mundo nos nossos dias. Posto isto, compreender as “nossas” Pessoas permite às empresas serem mais atrativas e mais competitivas. Porquê? Porque vai permitir colocar à disposição das “suas” Pessoas todos os mecanismos possíveis, para que estas possam alavancar o conjunto de desempenhos excecionais expetáveis atendendo sempre às suas necessidades individuais efetivas.

 

Mas, o que querem as “minhas” Pessoas? Bem, podem querer imensas coisas! 1) Podem querer ter mais tempo para o equilíbrio entre a sua vida pessoal e a profissional, ou 2) podem querer gerir melhor os seus níveis de stress, ou 3) podem querer ter relações sociais dentro da empresa, mais positivas e com significado com os seus colegas, ou 4) podem querer ter líderes com uma visão mais humanizada e integradora, ou 5) podem querer estar em teletrabalho ou noutro modelo possível e 6) podem querer ainda, desenvolver um conjunto de competências chave no sentido do seu aperfeiçoamento e constante atualização. Mas, é visível a preocupação das Pessoas em integrar os quadros de empresas que se preocupem em garantir o Well-Being das “suas” Pessoas.

Como empresa o que devo fazer para não me focar no óbvio?  A resposta passa pelo recurso a diagnósticos organizacionais, fundamentados em metodologias cientificamente credíveis e, com boas ferramentas de diagnóstico (com provas dadas). O desafio, nestes diagnósticos organizacionais, é ser-se “muito bom” a “escutar” o que não nos dizem! É vital, nestes processos de investigação, adotar uma abordagem integrativa na análise dos resultados obtidos a partir das variáveis organizacionais (Well-Being Mental, Well-Being Social, Well-Being Físico e Well-Being Financeiro). A colaboração de equipas multidisciplinares é indispensável neste contexto, pois permite uma análise abrangente e evita o risco de vieses e erros atribucionais, como a atribuição errada de causas para determinados comportamentos ou estados de bem-estar.

Em suma, só através desta dialética sistemática em contexto empresarial, é possível alinhar o propósito individual das nossas “Pessoas” com o propósito da “Empresa”. As empresas líderes no mercado, já perceberam que o segredo para aumentar os níveis de produtividade, atrair e reter talento, reduzir o absentismo e assegurar a sustentabilidade do negócio passa por implementar programas eficazes de Well-Being.