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Vamos acelerar a Sustentabilidade

Luis Roberto, Head of Sustainability and Corporate Responsibility

3 MARÇO, 2023

A sustentabilidade tem nos últimos tempos, ocupado o lugar prioritário nas agendas das empresas, independentemente da dimensão ou do sector onde operam.

As PMEs e as novas startups já colocam na sua estratégia, a sustentabilidade como motor de crescimento económico, e procuram estar associadas a redes e plataformas que as apoiem nesta caminhada.

Os critérios ESG – Environmental, Social and Governance, vieram de certa forma moralizar as empresas e os seus CEO’s para a necessidade de verem a sustentabilidade de forma integrada, onde o ambiental, o social e o económico passaram a estar lado a lado, e não em campos distintos, como até há bem pouco tempo eram vistos.

Os novos critérios vêm obrigar as empresas a serem mais transparentes na forma como abordam a sustentabilidade, tornando-se em indicadores vitais para a solidez da sua reputação e para o sucesso do negócio, a médio e a longo prazo.

É importante não esquecer que a adoção de práticas de sustentabilidade, pressupõe a existência de uma cultura de sustentabilidade, e ela só é alcançada, quando todos os colaboradores internalizam os seus princípios básicos, e assumem esse compromisso.

A formação e a capacitação em sustentabilidade, devem ser vistas como um investimento no capital humano das empresas, garantindo desta forma que os novos líderes possuem as competências e os skills para as novas funções. A qualificação e o desenvolvimento de competências das pessoas, é um fator multiplicador e mobilizador da nova estratégia de sustentabilidade.

Ainda com alguns desafios a terem de ser ultrapassados, duma forma geral, as empresas portuguesas estão na rota certa.

Não é por mero acaso que Portugal ocupa a 20ª posição do ranking (Sustainable Development Report 2022), numa lista de 163 países, liderada pela Dinamarca e Suécia.

Contudo nem tudo são boas notícias, quando se fala sobre a velocidade a que estamos a trabalhar para atingirmos as metas em 2030.

De facto, desde 2019 que se verifica uma estagnação no progresso da sustentabilidade na Europa, em resultado da crise pandémica, e mais recentemente da invasão da Ucrânia.

É tempo de recuperarmos o tempo perdido e de passarmos rapidamente à ação, onde a colaboração entre os diferentes players, é absolutamente necessário.

Estou por isso mesmo, absolutamente convicto, que o tecido empresarial é determinante para alcançarmos as metas, e que cada vez mais os seus CEO’s têm e terão um papel influenciador, ao serem capazes de partilhar as boas práticas entre empresas e sectores de atividade, e com isso, levarem outros a seguir o seu exemplo.

A União Europeia espera que em 2024, apenas a 1 ano de distância, 35% dos setores da indústria na Europa, estejam a implementar os seus projetos com impacto.
Portanto, vamos acelerar a sustentabilidade.